(Post patrocinado)
As pessoas podem se transformar através da leitura de livros. A
constatação é do pós-doutor Ezequiel Teodoro da Silva, professor da
Unicamp (SP), que dedicou seus anos de estudo à temática da leitura. Ele
diz que uma biblioteca amplia a visão do mundo e as fronteiras de
participação dentro da própria comunidade. “Acho que um acervo leva com
ele a esperança de fazer as pessoas se movimentarem para outros
lugares”, afirma. “O livro é o mestre dos mestres. Ele contém
possibilidades. Mas sozinho é morto. Quem dá vida para ele é o leitor.”
Comparando-se com outros mercados internacionais, a América Latina, e
em particular o Brasil, será o mercado em que a Internet crescerá mais
rapidamente nos próximos anos. O acesso grátis fez com que algumas
barreiras de acesso fossem transpostas, gerando mais oportunidades para
os negócios relacionados direta ou indiretamente com a rede.
Porém, “a tecnologia digital não parece tão promissora quando o
assunto são os livros, revistas e jornais. ‘Um dos principais obstáculos
para a adoção em massa do e-book (livro digital) em 2008 e nos próximos
anos pode estar ligado à profunda afeição que as pessoas possuem pelo
livro tradicional de papel’, afirma uma pesquisa” publicada no Valor
Econômico de 19/02/2008.
Na Inglaterra testemunha-se um movimento similar: enquanto as vendas
de livros impressos aumentam, as vendas de Kindle caem. O cenário vai ao
encontro de uma pesquisa da Nielsen, de 2014, que afirma que 67% dos
livros comercializados nos EUA são impressos.
Outro dado curioso divulgado pela Nielsen, em dezembro passado, é de
que os adolescentes heavy users de novas tecnologias preferem os livros
impressos aos e-books. A razão: os jovens costumam emprestar livros aos seus amigos, algo que normalmente é mais fácil de fazer com exemplares impressos.
É aí que surge o Bookshare: fará uso da tecnologia sem alterar a essência que é sentir o prazer de folhear cada página de um livro.
O Bookshare é um portal interativo e amigável, que permitirá com que
as pessoas cadastrem os seus livros e os tornem disponíveis para
empréstimo, inicialmente para amigos e/ou familiares e, num futuro
próximo, para qualquer um. O sistema controlará os livros emprestados
enviando alertas para o dono e para quem emprestou para que os prazos
sejam cumpridos.
Será possível também classificar os livros e os leitores, de modo a
estimular a leitura por um determinado livro (de acordo com a quantidade
de avaliações positivas recebidas), bem como facilitar o empréstimo
para leitores que não se conhecem, uma vez que o histórico de
relacionamento poderá ser consultado.
Chegou a hora! Vamos lá: acesse www.bookshare.com.br, faça seu cadastro, registre seus livros e comece a compartilhar.
Adianto que o login utilizando seu usuário do Facebook ainda não está
habilitado, mas você pode entrar usando suas contas do Twitter, Google+
ou ainda criando um registro próprio com seu endereço de e-mail.
Desta forma, acredito estar dando um passo importante na consciência do consumo colaborativo,
bem como possibilitando o acesso de pessoas que não tem condições para
comprar os livros, haja vista no Brasil vivermos num ciclo vicioso de
“no Brasil se lê pouco porque o livro é caro e o livro é caro porque se
lê pouco”. Na verdade, diante do quadro de carência da população
brasileira seria razoável triplicarmos as compras governamentais só para
darmos a nossos estudantes o suprimento médio de livro fornecido aos
estudantes chineses.
Além disso, no futuro, palavras como “consumo” e “compra” serão
substituídas por “compartilhamento” e “troca”. O mercado mundial de
compartilhamento ultrapassa os US$ 100 bilhões por ano. É uma tendência
irreversível. No livro Mesh – Por que o Futuro dos Negócios é Compartilhar, de Lisa Gansky,
a autora defende a tese de que a colaboração entre empreendedores,
fornecedores e consumidores irá definir o futuro da economia.
Acredito também que a experiência da leitura é única. Desta forma,
existe um grande apego ao livro. Conhecemos pessoas que escrevem na
contracapa dos livros o momento em que elas estavam vivendo quando os
adquiriu. Por isso que talvez a “onda do desapego” (deixar o
livro para quem quer ler e não se preocupar com o retorno) não seja tão
aderente quando o assunto é livro. Penso que o que mais se aproxima é a
ideia de consumo colaborativo.
2015 será o ano da leitura. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, decidiu ler 1 livro a cada 15 dias em 2015. E, recentemente, a Endeavor publicou um artigo chamado
“10 Tendências de Consumo e Inovação para 2015″, onde uma das
tendências, BRIGHT IS BEAUTIFUL, é a do incentivo à leitura:
“Ajude a alimentar o amor pelo conhecimento como status. O que
isso significa para as marcas em 2015? Além de integrar o aprendizado e
experiências literárias ao dia a dia dos consumidores, pense como você
pode ajudar os consumidores a expressar (ou exibir) seus conhecimentos.
Você pode ajudá-los a fazer isso via redes sociais? Na América Latina,
as pessoas gastam mais tempo nelas do que em qualquer outro lugar do
mundo, em torno de 8.67 horas por mês (comScore, julho de 2014). E se a
oportunidade estiver no universo offline? Até mesmo um par de jeans pode
ser usado para exibir o amor pela literatura.”
Não esqueça o seu livro. Cadastre-o no Bookshare e venha junto comigo transformar o mundo em uma grande biblioteca.
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